Alexandre Mattos, ex-diretor-executivo do Vasco, concedeu uma entrevista exclusiva ao programa “Boleiragem”, revelando sua versão sobre sua saída do clube. Nesta entrevista, Mattos abordou temas como a falha de comunicação na sua chegada ao Vasco, sua autonomia à frente do futebol do clube e o suposto desentendimento com o capitão Medel. Vamos analisar cada um desses pontos para entender melhor o que aconteceu nos bastidores do time carioca.
Segundo Mattos, sua chegada ao Vasco foi marcada por uma falha de comunicação. Ele afirmou que tudo aconteceu muito rápido e que não teve tempo suficiente para entender os processos internos antes de iniciar seu trabalho. Essa falta de entendimento prévio resultou em pressão e expectativa tanto interna quanto externa.
O ex-diretor-executivo admitiu que a má comunicação no pré-assinatura do contrato foi um equívoco e que isso gerou desgastes ao longo do tempo. Mattos ressaltou sua experiência de 20 anos trabalhando em clubes e seus resultados positivos, mas destacou que a comunicação da sua chegada ao Vasco foi confusa, o que acabou gerando frustração.
Alexandre Mattos no Vasco
Durante a entrevista, Alexandre Mattos foi questionado sobre sua autonomia à frente do futebol do Vasco. Ele respondeu que a autonomia dependia do assunto em questão e que, em alguns casos, precisava entender melhor antes de tomar decisões. Essa variação de entendimentos sobre sua autonomia gerou dúvidas e quebra de confiança, resultando no desligamento do ex-diretor do clube.
O meu equívoco foi a má comunicação no pré-assinatura, foi muito atropelado, tudo muito rápido. Se esclarece antes, é aceitaria, é assim, não tem como. O que aconteceu é que eu tive que ter a compreensão já com o jogo rolando. E muita pressão, muita expectativa, muita pressão externa, o Ramón está lá e quer ganhar de imediato, e eu ali no meio. As coisas foram andando e gerando esse desgaste – explicou o ex-diretor.
Um ponto bastante discutido foi o suposto desentendimento entre Mattos e o capitão Medel. O ex-diretor preferiu não entrar em detalhes sobre o assunto, mas afirmou que a relação com o jogador era superpositiva e de alto nível. Ele ressaltou a personalidade e liderança de Medel, mas não deu mais informações sobre o embate que teria ocorrido.
– Eu tenho um diagnóstico próprio, tenho 20 anos trabalhando em clubes, retrospecto de profissionalismo, sempre durando muito em cada clube, com conquistas e legados. O que tem de diferente? A comunicação da minha chegada. A comunicação foi falha. Qual que era a expectativa em relação a mim, como seria o dia a dia, para quem eu me reportaria, quem realmente era a pessoa responsável pela pasta do futebol? Foi confuso – acusa ele.
Apesar dos desafios enfrentados durante sua passagem pelo Vasco, Mattos fez questão de elogiar a comissão técnica formada por Ramón Díaz e seu filho, o auxiliar Emiliano Díaz. Ele destacou a capacidade da dupla em treinamento, entendimento do jogo e construção de um ambiente positivo. Mattos ressaltou que a comissão técnica foi fundamental para tirar o Vasco da situação complicada em que se encontrava.
Eu me coloco como maior responsável por esse equívoco. Isso foi gerando uma série de desgastes, sempre tinha uma dúvida. Que geraram uma quebra de confiança na percepção deles, e aí a gente partiu para o desligamento. Que eu respeito, faz parte do futebol, sem mágoas. O Vasco SAF tem um ano e meio e o Vasco mudou muito. O Vasco é outro, tem tudo para dar certo, só tem que entender que as coisas vão acontecer de médio a longo prazo. Esse alinhamento de expectativa também gerou uma frustração rápida – concluiu.
Dessa forma, o diálogo da entrevista cuminou nessas informações.