Dono do Atlético-MG faz previsão pessimista para 2025: ‘Um ano um pouco mais duro’
Após a derrota do Atlético-MG para o Botafogo por 3 a 1 na final da Copa Libertadores de 2024, realizada no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o clube enfrenta um cenário desafiador para a temporada de 2025. Rafael Menin, um dos principais acionistas da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Galo, reconheceu que o próximo ano será “um pouco mais duro”, especialmente devido à ausência na Copa Libertadores de 2025.
A derrota na final não apenas frustrou as expectativas de título, mas também comprometeu a participação do Galo em competições continentais no próximo ano. Com a combinação de resultados no Campeonato Brasileiro, incluindo as vitórias de Bahia e Corinthians, o Atlético-MG perdeu a chance de se classificar para a Libertadores de 2025, restando apenas a possibilidade de disputar a Copa Sul-Americana.
Menin destacou que o planejamento para 2025 já estava em andamento há cerca de dois meses, considerando dois cenários: um com a conquista da Libertadores, que proporcionaria maior flexibilidade financeira, e outro sem o título, exigindo um orçamento mais restrito. Com a confirmação do segundo cenário, o clube precisará adotar uma gestão financeira mais cautelosa.”
“O nosso planejamento já começou. Ele começou, eu te diria, há quase dois meses. E é claro que a gente trabalha com dois cenários. Um cenário, caso a gente tenha sucesso no jogo (final da Libertadores), a gente tem um pouco mais de folga. E um cenário no qual a gente, tomara que não aconteça, não tenha sucesso, aí é um ano um pouco mais duro, porque dificilmente vai ter Libertadores. Então, a gente passa a ter um orçamento um pouco mais difícil, mas já está sendo planejado”.
A implementação da SAF em 2023 foi um passo significativo para a reestruturação financeira do Atlético-MG, permitindo a redução da dívida de mais de R$ 2 bilhões para pouco acima de R$ 1 bilhão. No entanto, Menin enfatizou que, apesar dos investimentos anuais de aproximadamente R$ 500 milhões no futebol, é fundamental manter os pés no chão e evitar gastos excessivos, equilibrando o desempenho esportivo com a saúde financeira do clube.
“A conta do Galo é uma conta muito difícil. A gente inclusive é muito cobrado, que a gente deveria investir mais, a despeito de ser o que vem investindo nos últimos três, quatro anos, um valor muito parecido por volta de 500 milhões por ano no futebol, mas não dá pra gente fazer loucura. A gente tem que ter os pés no chão, ter a consciência, a boa consciência, em relação à receita.”
Qual é a dívida atual do Atlético-MG?
Em abril de 2024, o Atlético-MG apresentou um balanço financeiro que indicava uma redução significativa de sua dívida total, que passou de R$ 2,1 bilhões para aproximadamente R$ 1,4 bilhão. Essa diminuição de R$ 700 milhões foi atribuída, em grande parte, à implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e aos aportes financeiros dos investidores.
No entanto, mesmo com essa redução, o clube ainda enfrenta um endividamento considerável. A dívida de R$ 1,4 bilhão inclui R$ 945 milhões relacionados às operações gerais do clube e R$ 493 milhões referentes ao financiamento da Arena MRV.
Rubens Menin também falou após a derrota do Galo na final da Libertadores
Em carta à torcida alvinegra, Rubens Menin, também acionista da SAF, reforçou a necessidade de humildade para aprender com os erros e superar os desafios impostos pela temporada de 2024, projetando um futuro mais promissor para o clube:
“Tenham a certeza de que vamos trabalhar muito para manter o Clube no lugar que é dele de direito, sempre entre os favoritos e conquistando títulos importantes. Afinal, por mais que o momento seja dolorido, é fundamental ter frieza para lembrar que esse projeto é de longo prazo, focado em colocar o Galo sempre nos patamares mais altos, elevando o clube em competitividade, infraestrutura, gestão e ambição, para que as conquistas se tornem cada vez mais frequentes e sustentáveis. Essa jornada não é só minha, dos demais acionistas da SAF e membros da diretoria, dos atletas ou da comissão técnica, ela é de todos nós. Somente juntos, poderemos chegar lá novamente e escrever um final diferente, que tanto desejamos.”