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O recado de BAP para os torcedores do Flamengo antes das eleições presidenciais

Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, é um dos candidatos à presidência do Flamengo em 2024. Com histórico de cargos de destaque no clube desde 2012, ele apresenta propostas abrangentes para diferentes áreas, como a construção de um novo estádio, profissionalização do futebol e reestruturação financeira.

Sua visão inclui estratégias para aumentar receitas e reduzir o endividamento, trazendo o foco para um Flamengo mais autônomo e sustentável.

Em entrevista ao UOL, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, detalhou suas propostas como candidato à presidência do Flamengo, abordando temas como estádio, futebol e finanças. O Portal da Torcida analisou a conversa e apurou os principais pontos discutidos, trazendo uma visão detalhada sobre os projetos que ele planeja implementar no clube.

Bap, candidato à presidência do Flamengo. Foto: Reprodução web
Bap, candidato à presidência do Flamengo. Foto: Reprodução web
Estádio e aumento de receita

Bap considera a construção de um estádio próprio uma prioridade para o clube, mas enfatiza que o projeto deve ser financiado majoritariamente com recursos internos. Ele propõe um crescimento de 50% nas receitas e na rentabilidade do Flamengo em seis anos para garantir um endividamento controlado. Entre as iniciativas para gerar essa receita adicional, ele sugere:

  • Expansão do uso das redes sociais para monetização.
  • Criação de conteúdos exclusivos na FlaTV, inspirados no modelo da Disney.
  • Desenvolvimento de linhas de moda fitness e casual com a marca Flamengo.

Com essas ações, Bap acredita que o clube pode alcançar um faturamento anual de R$ 2 bilhões, viabilizando o estádio com menor dependência de dívidas externas.

Futebol: autonomia e profissionalização

Defensor da autonomia no futebol, Bap planeja eliminar conselhos informais e implementar uma gestão profissional, com diretores técnicos escolhendo equipes e treinadores sem interferências. Ele também critica o modelo atual de gestão do futebol, que, segundo ele, carece de profissionalização ampla e está comprometido por decisões políticas. Bap reforçou que, sob sua liderança, o Flamengo respeitará seu DNA ofensivo, descartando perfis de técnicos incompatíveis com a cultura do clube.

Finanças e endividamento

A situação financeira do Flamengo é um ponto de preocupação para Bap, que denuncia o aumento no endividamento de curto prazo. Ele afirma que a dívida pode chegar a R$ 500 milhões, resultado de decisões que considera “temerárias” na última janela de transferências. Para ele, a solução é um equilíbrio maior entre gastos e receitas, sem comprometer o desempenho esportivo.

Relação com o Maracanã

Bap não descarta a utilização do Maracanã mesmo com um estádio próprio. Ele sugere que o Flamengo jogue de 8 a 10 partidas por ano no estádio, especialmente grandes clássicos e confrontos importantes. Essa estratégia combinaria a experiência do torcedor com o potencial de marketing gerado pela parceria entre os dois espaços.

Liga e direitos de transmissão

Sobre a liga de clubes, Bap criticou o contrato atual assinado pelo Flamengo, que, segundo ele, reduziu o faturamento em R$ 410 milhões ao longo de cinco anos. Ele questiona a falta de clareza sobre o propósito da liga e aponta para a necessidade de planejamento mais detalhado e uma governança sólida para proteger os interesses do clube.