Corinthians descobre rombo de R$300 milhões em 2024 e assusta torcedores
Em uma declaração enviada à Justiça, o Corinthians declarou que sua dívida líquida é de R$ 2,4 bilhões. Este valor em dívida, os elevados custos do futebol e as penhoras são utilizados pela entidade para solicitar a suspensão das execuções judiciais.
O clube revelou que a dívida bruta é R$ 300 milhões superior à do final de 2023, quando Augusto Melo, atual presidente do Corinthians, foi eleito.
Em 2023, o balanço mostrava uma dívida bruta de R$ 1,986 bilhão, incluindo o montante da Neo Química Arena. Este valor não leva em conta os ativos, ou seja, o que o clube tem a receber. Ao longo do ano, foram identificados novos débitos fiscais e firmados acordos, elevando o montante do passivo para R$ 2,075 bilhões em dívidas originadas em administrações passadas.
No entanto, durante a gestão de Augusto, foram feitas várias aquisições em duas janelas de transferência, além de multas por demissões de treinadores e gastos elevados no futebol. Certamente, houve juros sobre as dívidas passadas – a maior parte delas originada nas administrações de Andrés Sanches, Duílio Monteiro Alves e seus aliados – que ampliaram o montante do bolo. Portanto, o Corinthians divulgou a quantidade de R$ 2,4 bi como passivo total.
A solicitação feita pelo Corinthians ao presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo visava solicitar a inclusão no RCE (Regime Centralizado de Execuções). Ademais, solicitou de maneira imediata a interrupção das execuções judiciais. A primeira providência foi autorizada, porém a decisão sobre as penhoras foi transferida para o magistrado da Vara Empresarial.
Corinthians faz revelação bombástica
Ao justificar a ação imediata, o Corinthians revelou que seu caixa está sufocado. Portanto, percebe a possibilidade de não conseguir cumprir as obrigações cotidianas.
“Fluxo de Caixa Estrangulado. O fluxo de caixa do clube encontra-se deficitário, com projeções indicando a insuficiência para cobrir obrigações de curto prazo, como folha salarial e compromissos operacionais.”
Dentre as razões mencionadas, destacam-se antecipações de ganhos, dívidas passadas e o elevado custo do futebol. De acordo com o documento, o Corinthians possui um custo operacional anual de futebol de R$ 440 milhões.
O clube relacionou 10 ações que podem resultar em penhoras para o clube, sendo a maior delas da Pixbet, que ocorreu durante a administração de Augusto Melo. O montante devido pela rescisão do contrato é de R$ 38,9 milhões. E já provocou o bloqueio nas contas do time. Isso aconteceu porque a administração de Melo violou o pacto de pagamento com a empresa.
Se a suspensão das execuções for aprovada, o Corinthians precisará apresentar um plano de pagamento aos seus credores através de ações judiciais. A partir desse ponto, o magistrado estabelecerá um parcelamento no qual o clube reservará uma parte de sua receita para quitar essas dívidas.
Isso também foi realizado no CNRD (tribunal da CBF), que lida com questões de débitos com clubes, agentes e atletas. Existirá um parcelamento que precisa ser cumprido, caso contrário, o clube poderá ser banido de transferências.