Demissão em massa na TV Globo não parou em Cleber Machado e Galvão Bueno
A Globo, como principal emissora do Brasil, tem sido por muitos anos a principal responsável pela transmissão dos jogos de futebol do país. Durante décadas, a empresa contou com grandes narradores, incluindo nomes famosos como Galvão Bueno e Cleber Machado. Enquanto o primeiro anunciou sua aposentadoria, o segundo mudou de marca e agora é um profissional do SBT.
Além das aposentadorias de Galvão Bueno e Cleber Machado, que abalaram a emoção do público brasileiro, a Globo também se despediu recentemente de outra notável voz que dedicou anos à empresa: Milton Leite. Após o término das Olimpíadas de Paris, na França, em julho deste ano, o narrador de 65 anos de idade anunciou sua saída do grupo SporTV.
Milton Leite dedicou 19 anos à Globo e às suas afiliadas, consolidando-se como uma voz notável no Brasil. Segundo o jornalista, sua decisão de deixar a empresa se deve à possibilidade de passar mais tempo com a família, aproveitando o tempo livre sem a pressão dos horários rigorosos da grande companhia de telecomunicações do Brasil.
“Encerro minha participação nos Canais Globo depois de 19 anos de trajetória aqui dentro. Decidi no começo do ano, junto com a direção, que eu queria interromper nossa relação trabalhista. Uma relação de 19 anos não termina por um motivo, tem vários motivos, alguns maiores, outros menores. E você chega à conclusão de que aquele é o momento de interromper”, declarou em sua despedida.
Melhores narradores brasileiros da atualidade
Conforme o dicionário, um narrador é qualquer pessoa que narra uma história. Embora possa não parecer, ao assistir a uma partida, seja ela de futebol ou pôquer, uma narrativa está sendo construída ali.
Portanto, o narrador é um indivíduo relevante. Ele tem a responsabilidade de traduzir diversas situações em linguagem clara para que todos os espectadores possam compreender e se manterem conectados a ele.
Milton Leite (SporTV)
Este é a certeza de muitas gargalhadas durante os jogos de futebol. Além de manter-se fiel ao básico do jogo (nomes dos jogadores, técnico, acontecimentos do jogo), possui uma vasta gama de jargões e piadas inusitadas para aliviar o clima tenso do jogo. O mais conhecido é o “Que fase”, utilizado quando um time ou jogador está em uma má fase.
Téo José (Band)
O expertise dele é o automobilismo (narra Fórmula Indy na televisão e F1 na rádio, por exemplo), porém, com a ascensão do futebol na programação televisiva, é frequente vê-lo ao lado do comentarista Neto, narrando jogos do Brasileirão e da Champions League.
Galvão Bueno (Globo)
Muitas pessoas vão rejeitar esse nome. Ele já não é mais unanimidade há algum tempo. No entanto, a maioria dos narradores um pouco mais novos que ele e aqueles que compõem essa mesma lista ainda o citam como inspiração.
Apesar de sua antipatia e desinformação, ele se destacou por décadas como o narrador mais influente do Brasil, criando expressões que usamos todos os dias no nosso dia a dia, como “Haja coração!”; “Olha o que ele fez, olha o que ele fez!” e “Pode isso, Arnaldo?”.
Everaldo Marques (ESPN Brasil)
Possivelmente um dos mais variados do Brasil. O sujeito já apresentou futebol, vôlei, F1, futebol americano, ciclismo… E é competente em todas essas modalidades. Ou, pelo menos, não se envergonha das modalidades menos populares entre nós, brasileiros. Possui a habilidade de transmitir muitas informações ao espectador, além de promover conversas e estimular a interação através das redes sociais durante a transmissão.
André Henning (Esporte Interativo)
Se deseja experimentar emoção, independentemente do jogo, este é o narrador de que necessita. André é um observador atento que não deixa passar nenhum pormenor da partida e se esforça ao máximo para criar um ambiente único nos jogos de futebol. Ele descreve como se fosse a última partida de sua vida. Com a Champions League no Esporte Interativo, o narrador está tendo bastante emoção para narrar por lá.