Confirmado 27/11: Ex-capitão do Flamengo deixou o clube e vai jogar a 3ª divisão do Brasileirão
Vencedor da Copa do Brasil em 2013 e ex-capitão do Flamengo em diversas partidas, Wallace Reis acaba de assinar com o Londrina. O defensor de 36 anos foi confirmado pelo clube paranaense nesta segunda-feira (25). A agremiação sulista disputa atualmente a terceira divisão do campeonato nacional. O vínculo estabelecido com o jogador tem validade até dezembro de 2025.
Durante sua passagem pelo Flamengo, Wallace conquistou não apenas a Copa do Brasil de 2013, mas também o Campeonato Carioca de 2014. O zagueiro defendeu o clube entre 2013 e 2016, alcançando 178 partidas, marcando sete gols e distribuindo três assistências. Sua despedida gerou controvérsia, após solicitar desligamento durante uma concentração do time, em maio de 2016. Logo depois, transferiu-se para o Grêmio.
Natural da Bahia, Wallace iniciou sua carreira no Vitória, atuando de 2007 a 2010. Em seguida, transferiu-se para o Corinthians, sob comando de Tite, integrando o elenco campeão mundial, permanecendo de 2011 a 2013. Após sua fase no Flamengo, passou por Grêmio, Gaziantepspor (TUR) e Goztepe (TUR). Nos últimos três anos, defendeu o Brusque, clube recém-rebaixado à Série C do Brasileirão.
Ex-capitão do Flamengo, Wallace, vai jogar a 3ª divisão do Brasileirão
Como primeira contratação do Londrina para 2025, Wallace deve fazer sua estreia em 12 de janeiro, enfrentando o Coritiba, no Couto Pereira, pelo Campeonato Paranaense. O clube disputará tanto o torneio estadual quanto a Série C do Campeonato Brasileiro.
Wallace recordou com emoção o momento marcante de sua última conquista nacional. Durante a Copa do Brasil de 2013, quando defendia as cores do Flamengo, o zagueiro vivenciou uma experiência especial, incluindo uma superstição que pretende repetir agora com o Brusque.
— A Copa do Brasil foi um momento extraordinário, especialmente pelo contexto do clube e toda a jornada até a conquista do título. A lembrança mais vívida que tenho em termos de superstição é justamente da Copa do Brasil. Quando chegamos ao Maracanã, ainda com o estádio praticamente vazio, vi o troféu exposto. Me aproximei dele, toquei-o com reverência e fiz uma oração sincera, pedindo a intervenção divina a nosso favor naquela ocasião especial.
Wallace no Flamengo
Em 2013, Wallace firmou um contrato de 4 anos com o Flamengo. Durante sua apresentação oficial, o defensor demonstrou seu entusiasmo:
“Estou extremamente feliz por essa transição, saindo de um clube de massa como o Corinthians para integrar um ainda maior. São, sem dúvida, as duas maiores torcidas do Brasil. É um privilégio indescritível ter vestido ambas as camisas”.
Sua primeira celebração com o manto Rubro-Negro aconteceu em uma vitória expressiva sobre o Criciúma por 4 a 1, quando anotou o segundo gol da equipe em partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2013.
Na decisão do Campeonato Carioca de 2014, Wallace protagonizou um momento crucial contra o tradicional rival Vasco da Gama. Aos 45 minutos do segundo tempo, após um escanteio preciso executado por Léo Moura, o zagueiro subiu mais alto que todos e cabeceou com força no travessão. No lance subsequente, Márcio Araújo, mesmo em posição irregular não assinalada pela arbitragem, aproveitou o rebote para marcar o gol que garantiu o título ao Flamengo.
Sua trajetória vitoriosa com o Rubro-Negro continuou quando enfrentou seu ex-clube Corinthians, contribuindo decisivamente para a vitória por 1 a 0 em confronto pelo Campeonato Brasileiro. Em 29 de novembro de 2014, Wallace alcançou uma marca histórica significativa ao completar 100 partidas com a camisa do Flamengo. A celebração foi ainda mais especial por ter acontecido em uma goleada expressiva por 4 a 0 sobre o Vitória, coincidentemente outro de seus ex-clubes, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro.
Com a saída de Léo Moura, Wallace foi escolhido para assumir a braçadeira de capitão do Flamengo, uma decisão que o jornalista Rica Perrone considerou natural e apropriada. Em sua análise, Perrone destacou:
“Wallace não se destaca apenas por ser um leitor ávido, por sua eloquência ou posicionamento político. Sua liderança como capitão vem do fato dele ser um dos raros jogadores que verdadeiramente vivem o resultado das partidas. Ele dedica tempo para assistir aos vídeos dos jogos, demonstra genuína preocupação com o desempenho da equipe, busca constantemente evolução, sente o peso das críticas e, diferentemente de outros, não participa de festividades após derrotas.