Flamengo é punido pela Conmebol em jogo da libertadores
O Flamengo enfrentou uma dura punição da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) após um incidente envolvendo o uso excessivo de explosivos por sua torcida no jogo contra o Bolívar, pela Copa Libertadores. A entidade máxima do futebol sul-americano agiu com rigor, multando o clube carioca em 10 mil dólares (cerca de R$ 52 mil) e emitindo um alerta sobre possíveis sanções futuras caso o comportamento da torcida não seja controlado.
Detalhes da punição
A Conmebol divulgou um relatório detalhado sobre o ocorrido, informando que a torcida do Flamengo detonou 34 bombas sonoras antes e durante o confronto contra o Bolívar, da Bolívia, realizado no Estádio do Maracanã no dia 15 de maio. As explosões foram registradas em diferentes momentos do jogo, incluindo o protocolo de saída das equipes e diversos instantes durante a partida.
“Antes do início do protocolo de saída das delegações para o campo de jogo (entre os minutos -10 e -5) os torcedores da equipe local localizados no setor da galeria norte do estádio ativaram 5 bombas sonoras. Isto se repetiu no protocolo de saída com 4 ativações dos mesmos elementos, bem como nos minutos 2, 38, 39, 42, 44+1, 55, 58, 80 e 90+2, fazendo um total de 34 detonações. Todas essas ativações foram realizadas no setor galeria norte do estádio”.
Além da multa aplicada, a Conmebol também enquadrou o Flamengo como “rescindente” nas advertências sobre o uso de bombas e sinalizadores nos estádios. Isso significa que, caso a torcida rubro-negra volte a cometer infrações semelhantes, o clube poderá sofrer punições ainda mais severas.
O Rubro negro também recebeu uma advertência por ter utilizado uma faixa em alusão ao seu programa de sócio-torcedor durante o jogo. A Conmebol classificou essa ação como “marketing de emboscada”, uma prática comercial irregular que não é permitida.
Reação da Torcida do Flamengo
A punição imposta pela Conmebol gerou descontentamento entre a torcida do Flamengo, que questionou a severidade da medida e a suposta “caça ao dinheiro” da entidade. Alguns torcedores argumentaram que o uso de explosivos é uma prática comum em outros países e que o Flamengo estaria sendo tratado de forma diferenciada.
Apesar das reclamações, especialistas destacam que a torcida do Flamengo deve assumir sua parcela de responsabilidade pelo incidente. Atos de vandalismo e uso de artefatos explosivos em estádios, além de colocarem em risco a segurança dos presentes, podem prejudicar a imagem e os resultados do clube. Os especialistas ressaltam ainda que embora o Flamengo tenha sido o alvo direto da punição, a responsabilidade pelo controle da torcida e a manutenção da segurança nos estádios é compartilhada entre o clube, a Conmebol e as autoridades competentes.
Sendo assim, mesmo que a torcida rubro-negra tenha questionado a severidade da medida, é importante que todos os envolvidos – clubes, torcedores e autoridades – assumam sua responsabilidade e trabalhem em conjunto para garantir a segurança e a integridade do futebol sul-americano.